Braide avalia cenário político e mantém suspense sobre candidatura ao governo do Maranhão

Prefeito da Capital do Maranhão: Eduardo Braide 


Braide avalia cenário político e mantém suspense sobre candidatura ao governo do Maranhão

Barreirinhas (MA) — 12 de julho de 2025

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), tem alimentado uma das principais especulações do tabuleiro político maranhense: será ou não candidato ao governo do estado em 2026? Embora tenha declarado publicamente que não tratará do tema neste ano, aliados próximos revelam que ele analisa com atenção os cenários e promete tomar uma decisão até o fim de 2025.

A possível candidatura, no entanto, vai além dos números das pesquisas eleitorais, onde Braide costuma aparecer entre os nomes mais bem posicionados. O prefeito pesa, sobretudo, os riscos políticos e administrativos envolvidos em deixar o comando da capital maranhense.

Com um orçamento previsto de mais de R$ 6 bilhões para 2026, São Luís representa uma plataforma estratégica de poder — e abandonar a gestão significaria entregar a chefia do Palácio de La Ravardière à vice-prefeita Esmênia Miranda. A relação entre os dois, segundo fontes do entorno político de Braide, é marcada por desconfianças, especialmente devido a divergências com setores da família de Esmênia. A possibilidade de rompimento político após sua saída é considerada real.

Outro fator que pesa na balança é o impacto em 2028. Caso haja mudanças na legislação eleitoral — como a extensão do mandato de prefeitos para seis anos, proposta em discussão no Congresso Nacional — Braide pode abrir mão não só de concluir sua gestão, mas também de influenciar diretamente na sucessão municipal.

Apesar das dúvidas, o prefeito está em uma posição confortável. Com alta aprovação popular, superávit fiscal pelo quinto ano consecutivo e apoio do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ele ganha tempo e liberdade para montar sua estratégia com calma. Dentro da sigla, a pré-candidatura ao governo é vista com entusiasmo.

Nos bastidores, políticos avaliam que Braide espera ser "aclamado" para a disputa, em movimento semelhante ao de ACM Neto em Salvador. A lógica seria atrair apoios espontâneos, sem abrir mão de sua estrutura ou assumir compromissos prematuros. No entanto, analistas apontam que esse tipo de articulação pode não encontrar eco em todos os grupos políticos — com exceção de setores ligados ao "dinismo", corrente ligada ao ex-governador Flávio Dino, que estaria disposta a apoiá-lo como forma de oposição ao atual grupo governista.

Com o prazo legal para desincompatibilização se encerrando em abril de 2026, Eduardo Braide tem cerca de nove meses para decidir se permanece à frente da maior cidade do estado ou se parte para a disputa mais complexa de sua carreira política.


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